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sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021

VARIOS POLICIAIS MILITARES SERÃO INVESTIGADOS POR CRIMES NO MARANHÃO

A Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MA) está investigando uma série de assassinatos cometidos por policiais militares que atuam no Maranhão à paisana, ou seja, sem fardamento. Eles também são conhecidos como os 'velados'. Os policiais 'velados' circulam em veículos descaracterizados e não usam uniforme, o que torna difícil identificar que são policiais. Além disso, fazem investigações paralelas às oficiais.
Nos últimos anos, vários casos vieram à tona destacando abusos de autoridade durante 'operações' ocorridas logo após o assassinato de policiais militares. Em alguns deles, os policiais à paisana chegaram a matar pessoas consideradas inocentes. Comerciante Marcos Santos foi encontrado morto após ser levado por policiais velados no Maranhão. Na última segunda-feira (1º), policiais militares do serviço velado abordaram o comerciante Marcos Santos, enquanto apuravam uma denúncia de roubo de gado em Bacabal, no interior do Maranhão. Imagens de câmeras de segurança (veja Acima) mostram o comerciante sendo obrigado a entrar em um carro. No dia seguinte, ele foi encontrado morto com tiros e sinais de tortura. Cinco policiais, que apareceram nas imagens, foram presos suspeitos do crime.
Comerciante levado à força por policiais velados do Maranhão No mesmo dia, o lavrador José de Ribamar Neves, de 25 anos, desapareceu. Segundo testemunhas, e le foi levado por um dos policiais militares. Até o momento, o lavrador não foi encontrado. Na semana passada, mais um caso foi registrado envolvendo o servico velado que resultou em morte. Dois pms, que não tiveram os nomes divulgados, confessaram o assassinato a tiros do Policial Civil Salomão Matos dos Santos, de 32 anos.
"A Polícia Militar tem seu papel de polícia ostensiva, é a polícia preventiva. Ela vai prevenir a atuação do crime com patrulhamentos, com rondas. Quando há a extrapolação dessa sua legalidade, pode ocorrer, e tem ocorrido, esse tipo de situação desastrosa", declara o presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Maranhão, Klinger Lima.

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